Mais um dia começa na cidade Maurícia ou em Mauritstaad, tudo parece normal até os celulares começarem a tocar. Novamente as meninas juntas: Chica Mineira, Nêga Fulô e Volúpia rumo mais uma vez ao fim do arco-íris em busca dessa tal dona felicidade.
O programa do dia já estava na cabecinha delas, passeio de barquinho, Verger e Alto da Sé. O dia não parecia querer ajudar muito, céu nublado com possibilidades de chuvas escassas ao longo da tarde. Mas para a sonhadora Neguinha isso não é motivo para desistir.
Primeira parada, Marco Zero. Passeio de barquinho. O cenário: um barqueiro com cara de quem tava topando tudo (por um minuto achei que era o barqueiro amigo de Nino), meninos pequenos de uma escola com uma câmera na mão, as meninas e um cigarro. Depois delas convencerem o barqueiro a baixar o preço do passeio (antes era R$ 4,00 pra ir e pra voltar, elas pagaram meia, apenas R$2,00), elas já estão dentro do barquinho, cigarro sendo dado pros pivete, barquinho balançando, Volúpia e Chica com uma tensão do inferno. Chegaram na bilola de Brennand, Chica tem a brilhante idéia de ir até o farol, graças as fortes ondas elas não chegaram nem ao meio do percurso. Hora de voltar a terra firme.
Chega à vez de se aprofundar nos encantos de Pierre Verger. Barcos, pessoas, Bahia, Pernambuco, acarajé, tapioca. Hora do filminho, palhaçadas a vista, espacart (é assim que se escreve?), escala, saltos e saltitos, fotos no celular. Hora de subir as escadas, cachaça, candomblé, vaqueiros. O celular de Volúpia toca, horas e horas falando com ele. O desejo de ir para a Sé aumentando, e lá vão elas.
Chegam na Sé, momento de matar as taras. Chica vai na tapioca romeu e julieta. Nêga Fulô e Volúpia na acarajé, uma latinha de coca pra três. Bucho cheio, é a hora da pausa pro cigarro. Sentaram em um banquinho da Sé, até que o inusitado aconteceu, um hippie apareceu. Galego do Pandeiro, histórias, músicas e massagem no pé da Volúpia. Um hippie é pouco, dois é bom e três é demais. Chega agora o Astral BR, mais conversas, óculos dado de presente, anéis em retribuição. Propostas indecentes, que tal um cineminha? Tropa de Elite no Cinema do Parque! É só um real e o fim do filme é diferente. Chica Mineira – descendente de holandês com índios, da tribo albina dos Lençóis Marenhenses (Tribo dos Marcielagos) – é “seqüestrada” a um lugar mais reservado pelo Galego do Pandeiro. Neguinha e Volúpia ficam no mesmo lugar, com a companhia do Astral BR, conversa vai conversa vem até que ele pede ajuda ao Universitário (um terceiro hippie), esse por sua vez nem o escutou. Juntam-se todos, meninas querendo ir pra casa. Os hippies querendo tirá-las de casa. A proposta era: “vamos fugir! deste lugar baby! Vamos fugir...”, Chica e Neguinha são convidadas para fugir com os hippies para os Lençóis Maranhenses. Pobre Volúpia, sobrou nessa proposta (será que é pobre mesmo? Creio que seja a única sortuda), graças a ela, as pobres meninas se livraram dos hippies (ai se toda amiga chata fosse assim). Ela salvou o dia das meninas. Depois dessa, as meninas puxaram o carro, nada de Sé por um bom tempo.
Depois de tanta aventura elas mereciam uma cachacinha né? Naquele fim de tarde, a volúpia rolou solta, um copo pra cada, para se libertarem das lembranças dos hippies da Sé.
Hora de se despedir, cada uma pra sua casinha, com seus anéis (única lembrança que vão guardar de seus hippies). Mais um encontro com a tal dona felicidade realizado com sucesso!
Sexta à noite, três mocinhas lindas em casa, se preparando para irem a um níver de família. Música, conversa, trocas de roupas e brigadeiro. O relógio anda apresado, já é hora delas saírem. Zerinho ou um para escolher o carro, uma delas se disponibiliza a levá-las. Alegria, musiquinha brega a tocar no som, Agamenon quase vazia, ruas de Olinda. Finalmente chegaram! Família reunida, tios, tias, primos, sobrinhos, cachorro e amigos. Confraternização de pessoas que se gostam, fotos, risadas. Soninho chegando, hora de ir pra casa. Agora é sentido inverso, Olinda-Agamenon, busca de uma vaga, é festa na Casa Rosada. Em casa enfim. Hora da conversa, cachaça. Cigarro e brigadeiro. Conversa na varanda, o tempo voa, toca Raul, Chico e o dia amanhece. Dois copos, uma garrafa, confissões, duas amigas, já é sábado.
O sábado chegou, poucas horas antes do jogo do Sport. Agora são quatro amiga (eu com tu - tu com ela), cachaça e cigarro. Música e conversas. Cachorros indo e vindo. Hora de se despedirem. Sábado marcado pela prova das cachaças. Confraria formada!
Domingo, lá vai ela sozinha, pausa para as procura de fraldas. Liga para as outras, vê se consegue lembrar o caminho. Recife-Olinda, nada de mar dessa vez, pega os Bultrins e chega a casa da sua mais nova família. Nada das amigas, mas aquela já é pra ela sua família. Chegam mãe, irmãs, tias, tios, primos, amigos da sua mais nova família. Feijoada, nevada, histórias da vovó, risadas, alegria, união. Chega primo, vai primo. Hora do jogo das barbies, lá vai a mãe, as filhas ficam. Nada de beber meninas! Sim mãe! Vão brincar com a cadela e uma delas vai deitar. Olha o sol! Hora de ir. Mercado São José as aguarda. Parada estratégica na Praça do derby, três mocinhas a brincar no balanço. Chega a moça. Vamos, olha o sol... No meio do caminho tinha uma procissão, tinha uma procissão no meio do caminho. Fotos do entorno do mercado, duas delas são levadas pelo som dos batuques de Maracatu ao Pátio de São Pedro. Hora de ir, a Sinagoga as aguarda: risadas, música, conversa, pessoas simpáticas, plaquinhas feitas no papel do ingresso (são auto explicativas!). Hora de ir novamente, rumo a Verger – fotos, emoções, pessoas nunca vistas antes. Hora de ir pra casa. Que tal um sorvete antes? Melhor não! Mais um dia feliz acabou e uma das menininhas sente que ganhou uma nova mãe, irmãs e uma família linda! Ela agradece a Papai do Céu por esse presente.
Showzinho da Tanga de Sereia no dia 01 de novembro! Não podemos perder! ;D Clube das Pás às 23 horas! E que venha a "Noite de Katiguria!" Ingressos antecipados na Bob Nick do Tacaruna por 10 reais.
Vivemos em busca dessa tal dona felicidade, procuramos tanto, que terminamos nem vendo que ela caminha ao nosso lado. A felicidade é algo tão simples e, nós pobres mortais, adoramos fazer dela um pote de ouro que fica no fim do arco-íris. Por que complicar tanto? Por que transformarmos algo tão simples em um verdadeiro monstro de cinco cabeças, igualzinho ao Tiamat (aquele super dragão com diversos poderes do desenho que víamos em nossa infância)?
Penso sobre isso e depois de tanto ruminar idéias, vejo que temos medo de sermos felizes. Medo de experimentar tamanho dom e ter que perdê-lo nos caminhos tortos da vida. Com isso, preferimos nem experimentar, pois sem saber o gostinho dela não vamos sofrer quando a perdermos.
Sorte, que nem todos pensam assim. Alguns se jogam nos momentos em que a tal da dona felicidade aparece e aproveitam ao máximo, afinal nunca sabemos quando ela irá reaparecer.
Hoje vou relatar como é fácil ser feliz precisando de pouco. Basta juntar alguns elementos. Junte amigas, um lugar inspirador, algum acontecimento cultural, música e terá como denominador comum a tal dona felicidade.
Esse dia tinha tudo pra ser um dia de cão, pelo menos pra algumas das protagonistas...
Uma das meninas, a Nêga Fulô, sonhadora como ninguém, via um dia perfeito e repleto de possibilidades desde que acordou. Já imaginava pra onde ir, quem chamar e como poderiam se divertir, até ver seus planos meios que ruírem com a chegada de uma msg de texto, uma de suas amigas, a Volúpia, estava naqueles dias de nem querer se levantar da cama queria, mas a Neguinha como é pentelha não permitiu que isso ficasse assim. Insistiu tanto que terminou tirando a amiga de casa pelo cansaço (ela é boa nisso) e com isso uma parte do seu plano já estava dando certo. Faltavam dois contatos ainda, um logo respondido, onde dizia com letras garrafais, VOCÊS QUE NÃO FAZEM NADA PODEM SE DIVERTIR, EU TENHO QUE TRABALHAR! Menos uma amiga, a Neguinha achou isso muito triste, afinal sabia que o programinha planejado iria agradar e estava louca de saudades da sua amiga Divininha. Só faltava uma, a querida Chica Mineira que tinha infinitos motivos pra querer estar naquele programa, porém que sabe lá porque ela odeia um telefone, nunca o atende... e a Neguinha liga, liga, liga, liga e nada dela atender... Porém outras providências tinham que ser tomadas naquela manhã ainda.
A Neguinha sacou seu telefone, como uma arma mesmo, e liga pra um lugar atrás de um livro, assunto resolvido, era só passar lá a tarde que o livro era dela. E viva Josué de Castro.
O tempo passa, o tempo voa e nada da dona Chiquita atender o telefone. As meninas vão almoçar e finalmente conseguem falar com ela. Tudo combinado, uma tarde super feliz está pra chegar! Porém antes de mais nada, uma pausa pro cigarro que ninguém é de ferro!
Três mocinhas juntas – Nêga Fulo, Volúpia e Chica Mineira –, no som Tanga de Sereia tocando e uma rota de aventuras em suas mentes. A primeira parada era no Centro Josué de Castro, a Neguinha precisava buscar um livro, e pra felicidade geral, todas ganharam (já podem fazer uma roda de debate sobre a vida dele, elas adoram fofocar mesmo). E seguem em rumo à segunda parada, um pit stop no Paço Alfândega, afinal depois dali sabe o pai quando elas vão ver um banheiro limpinho novamente... E finalmente a última parada, Marco Zero, onde tudo pode acontecer...
O relógio delas marca quase 15h, horário marcado pra acontecer o tal evento que elas tanto esperavam, mas como no Brasil nada acontece na hora, as pobres meninas tiveram que ver como iriam ocupar seu tempo. Pensaram e ver a exposição de Pierre Verger, porém essa só seria inaugurada a noite, então resolveram estudar como seria o passeio de barquinho, ficaram lá por horas analisando aquilo e decidiram deixar pra outro momento. Nesse meio tempo começa a rolar uma música no Marco Zero, quem ta organizando a paradinha de som lá é um amigo da dona Chica e avisa que sabe deus a hora que vai começar o teatrinho holandês.
A música começa a invadir a alma das meninas, que junto com o sol, as fazem começar a se soltar ali mesmo. Nada mais alucinógeno que sol e música. As meninas começam a dançar o toré em pleno Marco Zero, descalças e sorridentes, até esquecem que tem gente em sua volta, afinal quando a dona felicidade chega esses detalhes pequenos são esquecidos. A música muda e vem Chico Buarque, falando de um Portugal que as meninas cantam e dançam como se fossem velhas conhecidas, a música acalma e elas decidem se sentar ali mesmo, cada uma em um astro. Chica Mineira vai pra Vênus, Nêga Fulô como não pode fugir das suas raízes corre pra Lua (isso ainda vai dar muita história) e a Volúpia – a mais normal das três – prefere ficar na Terra mesmo. Meninas acomodadas e já cansadas de esperar começam a ver um movimento estranho. E saem de seus astros pra ver o que é. Camisas... a organização do evento está distribuindo camisas, as meninas estavam num patamar de alegria tão grande que quando deram conta disso, já era um pouco tarde.
Quando as meninas se aprumam pra pegar suas camisas, elas já tem acabado. Porém algo melhor acontece, Chica Mineira se depara com o conde Mauricio de Nassau, e esse diz que tentou que só ligar pra ela, porém como ela nunca atende o celular nem pode chamá-la para ser uma holandesa (desde então, ela sempre atende o cel, ô santo remédio). E começa a pecinha. A essa altura já tínhamos rido tanto, já estávamos tão feliz que num pulo chegamos a Praça da República.
Lá dona Chica correu atrás do pinto (que a Neguinha jura ser um pato e que o Sr. Alegria diz ser uma ema), ela e a Neguinha abraçaram o Baobá (e levaram uma lapada) e ficaram as três mocinhas conversando com o Sr. Alegria até a festa acabar.
Garanto a vocês, que essas três se divertiram muito e foram muito felizes nesse dia, ganharam até a camisa (quando nem tinham mais esperança) e foram ruma ao Paço alegres e saltitantes pelas pontes do Recife.
E mais uma vez, elas acharam a tal dona felicidade e se divertiram como só elas sabem!
Rebatizei o Momento pérolas da minha infância para Momento pérolas devido a variedade temporal e de protagonistas. O que eu vou descrever agora foi protagonizado pelo meu primo L. aos seis anos aproximadamente:
Na época do São João, ele chegou todo sério pra minha tia e disse: - Sabia que eu tenho um amigo que enfiou um traque de massa no cu e morreu?
Colocar um absorvente interno já é um tanto desconfortável, agora imagine introduzir uma espécie de copo de silicone lá dentro. Estranho, não? Essa é a alternativa que os ecologicamentes corretos estão sugerindo para os absorventes comuns, que por terem vários componentes tóxicos prejudicam a natureza. O Mooncup armazena o sangue menstrual exatamente como um jarro e quando estiver cheio basta a mulher esvaziar, lavar e colocar de novo. Por mais simpática que seja a idéia, não parece ser tão agradável assim. E se vazar? E se você não lavar direito e começar a virar uma casa de bactérias? Com certeza os absorventes reinarão absolutos por mais um bom tempo.
Se há algo que ultimamente tem me chateado é a inversão de valores de algumas pessoas, inclusive dos chamados intelectuais. Explico-me:
Há alguns dias,o apresentador Luciano Huck foi assaltado, e escreveu um artigo em que demonstrava sua indignação. Pessoalmente, achei o artigo um tanto prepotente, mas entendo o que o cidadão Huck passou e sentiu - na verdade, acho que todo o mundo que já teve uma arma apontada na cabeça sabe também: além do medo, a raiva diante de um/a vagabundo/a que leva o que nos custou trabalho.
Pois bem: qual a minha surpresa quando vejo que a maioria das respostas dos leitores solidarizou-se com o ladrão em questão, evidenciando a desigualdade brasileira, que faz com que essa seja a única 'oportunidade' que pobre tenha. O próprio cantor Zeca Baleiro (do qual eu gosto muito das músicas e considerava um cara inteligente) arrisca: 'A elite brasileira é engraçada! Só lembra que há desigualdade no Brasil quando levam seu rolex.' Seria cômico, se ñ fosse trágico...
Já que o país é tão desigual, pode-se roubar à vontade para equilibrar a balança!!!
Essa inversão de valores é tão grande que esquecemos um preconceito ferrenho nisso tudo: que pobre só nasceu para ladrão (ou vcs acham que político que rouba milhões ñ é ladrão tb?). Na prática,o discurdo de pessoas que defendem essa demagogia é isso: 'Huck é rico, o que custa um rolex para ele? Agora para aqueles pobres coitados...'
Bem, então faremos como Raul Seixas há tanto tempo aconselhou irônicamente: 'A SOLUÇÃO É ALUGAR O BRASIL!'
Quero deixar claro que ñ estou simplesmente à defesa de L.H., mas sim contra esse maniqueísmo, essa falsa moral que age dessa forma: rico ou pobre, mauricinho ou largadão, estudante, desempregado... NINGUÉM deveria passar por essa violência, e (pior!) ser desrespeitado com um discurso desse tipo: 'é pobre, coitado, ñ teve outra opção de vida'. Para mim, isso é apologia ao crime.
Definitivamente, se falar desse jeito é ser 'do bem', eu ñ sou.
Nesse feriado fui com a minha família para uma cidadezinha chamada Primavera. Nome bonito de uma pequena cidade com duas ruas principais, casinhas muito antigas de cada lado cercadas por montanhas. Na viagem de ida eu fiquei ouvindo pink floyd enquanto observava a paisagem. De vez em quando um acampamento do MST me lembrava do décimo encontro dos sem terrinha ocorrido no Recife nos dias 10 e 11 de outubro (dias antes da minha viagem). Chegando na cidade comecei a perceber a pobreza que "prejudicava" a beleza que essa cidade tinha tudo para ter, mas não tinha. O rio poluído, as ruas sujas, as casinhas velhas. E as montanhas que cercavam a cidade cheias de plantação de cana. Só cana. Mais tarde saí para tomar um sorvete e percebi um pó preto nas cadeiras da pequena casinha que tinha um freezer com sorvetes de vários sabores (mas que se me dissessem que todos aqueles sabores era um só, eu acreditaria). Meu tio pediu para a atendente limpar a cadeira e ela disse "aqui é o tempo todo assim, a gente limpando e o carvão sujando". Quando perguntamos de onde vinha aquele carvão, a resposta: "da usina". Meu tio, funcionário do Bando do Nordeste que é, começou a falar de agricultura familiar, que os trabalhadores plantavam cana em suas pequenas propriedades e que depois, unidos, negociavam o preço com a usina. Mas a mesma, para não ficar nas mãos dos agricultores, reservava capital para plantar uma parte da cana necessária para fazer o açúcar. Então a atendente da sorveteria logo cortou o barato dele "tudo isso aqui é da usina" (isso não significa que o programa de agricultura familiar não funcione). De noite fiquei pensando, matutando, filosofando. Me lembrei dos sem terrinha e do que um amigo meu me disse quando eu falei do encontro deles: "isso se cria, é?". Sim, isso se cria. E a desigualdade tão cruel também se cria. E a indiferença, pior ainda, se cria e se multiplica feito erva daninha. Uma amiga minha disse que detesta os sem terra porque uma vez jogaram uma pedra no carro do irmão dela. Não tiro sua razão, não defendo os sem terra. Muito menos condeno. Mas digo que gente que não presta tem em todo lugar. Tem até na minha família! O que eu condeno é a ignorância, a gente fala mal sem nem saber o que acontece a nossa volta. Assisti um documentário também sobre os sem terra, o qual mostrava uma caminhada que eles estavam fazendo em Brasília e uma distinta senhora saía de dentro do seu carrinho e, indignada, falava que aqueles desocupados atrapalhavam quem ia trabalhar. Ora, por que eles não trabalham? Por que não querem? Talvez ela não queira negar a dignidade deles e sim tirar a responsabilidade de si. É tão fácil criticar quando temos nosso carrinho para nos levar ao nosso trabalhinho. Também é fácil escrever tudo isso o que eu estou dizendo. Fácil até demais. Difícil é tomar uma atitude. Mas pelo menos eu não falo mal do que não conheço. Ah, e mesmo que algumas pessoas achem a idéia desprezível, somos realmente todos iguais, braços dados ou não.
Isso é Tanga de Sereia Criei essa mensagem pra difundir as músicas do Tanga pra todos que tiverem curiosidade! O show deles é muito foda! Quem puder, vá! Fomos nesse fim de semana e não perco mais nenhum! O cd é composto de 13 músicas, todas de autoria de Paulo Roberto Contato para shows: Maquinaria (81) 91838034/99229107 Eles são uma ótima pedida paras confraternizações de fim de ano! ;D
Ele vive mentindo Dizendo que eu não passo de uma vadia Que me deito com todos E já não respeito a nossa família O que ele esconde é que me deixa só A semana inteira Por isso eu vou contar A história verdadeira
Foi num dia desses Ao pé do fogão preparando a comida O feijão na panela o fogo apagou Eu fiquei tão aflita Bateram na porta Fui atender era um belo rapaz Com seu olhar tão quente Perguntou se eu queria gás
Eu tão necessitada Mandei ele entrar, não esqueço jamais E com o meu corpo em chamas Fiz amor com o homem do gás
Quanto tempo eu esperei Esse momento Só pra sentir o sabor Do seu veneno Deixa eu te beijar, te morder Vem meu amado Quero com você cometer Esse pecado
Ai ai ai Você mexe gostoso Ai ai ai Se mexer mais eu gosto Ai ai ai Vê se para com isso Ai ai ai Ai ai ai Ai ai ai Cheguei no paraíso
Glaydson, você quase nem ligou Quando o nosso amor perfeito De repente se acabou Gleydson, nossa cama a penteadeira O sofá a casa inteira sente falta de você
Já me embriaguei, tomei remédio Para me livrar do tédio Não sei mais o que fazer Não suporto mais a solidão O meu pobre coração Ele quer sobreviver
Quero e estou tentando te esquecer Mas a voz dentro do rádio Só me faz lembrar você
Você era o meu príncipe encantado ela a minha melhor amiga Nós dois de casamento já marcado Eu não tinha motivos para dar ouvidos à intrigas Estava tão feliz, eu tinha tudo que queria Jamais imaginei que minha vida ruiria
Foi quando uma voz no telefone Me disse coisas difíceis de ouvir Me deu o endereço e a hora certa E que se eu duvidasse fosse lá pra conferir Atravessei toda a cidade peguei vocês dois num motel Acabou ali meu sonho de lua de mel
Você traiu meu amor ela a minha amizade Ando com pavor da humanidade Você traiu o meu amor ela a minha amizade Ando com pavor, ando com pavor Ando com pavor da humanidade
Eu já fumei Eu já bebi Eu já fiz tudo na vida Eu já amei Eu já sofri Eu já fui tão iludida Pelas ruas e avenidas Segui meu caminho Eu não me perdi Porque sei que se o amor Chega um dia No outro ele já quer partir Mas é difícil largar É difícil largar Esse vício Esse vício de amar É difícil largar É difícil largar Esse vício
Meu amor que calor Hoje o tempo está tão quente Vamos pegar uma praia Não se esqueça de levar
A sua canga, a sua tanga E os produtos de beleza Quero ver você brilhando No meio da natureza
Sua pele tão morena No sol a se bronzear As marquinhas do biquini Vão me fazer delirar
Oh meu benzinho, meu amor Tinja seus pelos com blondor A noite faremos amor Até mais tarde Oh meu benzinho, minha flor Tinja seus pelos com blondor A noite faremos amor Até mais tarde
Às vezes achamos que a felicidade é quase uma utopia, um sonho que será muito difícil de se concretizar. Existem tantas coisas pra nos fazem crer nisso. O mundo está cada vez mais podre.
Porém devo lhes confessar que para sermos feliz, precisam de pouco. É isso mesmo, você não leu errado. A felicidade pode ser conseguida facilmente, basta mudarmos o foco, para assim conseguir enxergar além, e poder ver que em uma noite escura o brilhar de um vaga-lume pode ser tão belo quanto a mais bela lua cheia que já vimos em nossas vidas.
Não irei mentir aqui, dizendo que é fácil essa mudança. Acho que para algumas pessoas ela até será impossível, já que elas sempre focam no pior, no feio e no sujo. Mas não é essa parcela da população que quero descrever aqui. Prefiro falar de pessoas, que mesmo tendo passado por maus bocados nos últimos tempos, conseguem ver a beleza dos vaga-lumes, pois essas sim são dignas da minha admiração.
Claro que essas pessoas, que tem o dom de ver lua cheia em bunda de vaga-lume também sofrem, afinal elas não se mudaram ainda de mala e cuia para Pasárgada, onde todos são amigos do rei e a vida é uma eterna felicidade. Vivem aqui e colhem alegrias e tristeza diariamente.
Hoje especificamente, quero falar de mocinhas que tem esse dom. E que contra tudo e contra todos conseguem ser muito felizes, obrigada! São meninas que lutam pelo que acham importante. Que não seguem modismos e que não se incomodam muito com a opinião alheia, para elas o importante mesmo é serem felizes.
Elas se juntam e percorrem a cidade do Recife atrás de alegria! Nem mal chegaram no seu destino e já estão planejando outros momentos como aquele, de entrega total a felicidade. Tantas coisas a serem feitas, brincar no Mirabilandia, ir a Bienal, andar de Catamarã (suspirando e fazendo pedido em cada ponte que passar), fazer a travessia de barquinho até a bilola de Brennand, passar o feriado do dia 12 em Enseadas e o objetivo principal daquela noite, dançar e cantar muiiiiito e assim ser hiper, mega, super feliz.
Essa noite seguia com elas intuíam, muitas pessoas madura sentadas em suas mesas bebericando e conversando. Alguns senhores já em estado de calamidade publica (a cachaça ainda mata um corno desse, será que é esse, será que é esse?) e elas ali, totalmente deslocadas, era até de chamar a atenção. Tanto que uma das organizadoras da festa, vai em direção a essas mocinhas e as perguntam o que havia trazido elas aquele lugar, e um lindo corinho (elas são boas nisso) fala:
- O homem do gásssssssss
Aquela moça, não entendia nada. As meninas já tinham entrado no espírito da noite e dali só queriam levar belas risadas e pernas doloridas de tanto dançar! Porém a tal moça, querendo alegrar as belas menininhas e acaba trazendo um clone do homem do gás, um dos músicos da banda que as meninas tanto queriam ver, ouvir e dançar ao som. Papo agradável, sobre as músicas da Tanga que logo foi interrompido para a hora mais esperada da noite, o início dos trabalhos da Tanga.
Como era esperado, as meninas cantaram TODAS as músicas, até as que não sabiam e dançaram: livres, leves e soltas! Riram, se identificaram com algumas músicas e até já pensavam em outras como possível trilha sonora de um futuro ainda mais feliz. As meninas serelepes, ainda compraram (mulher adora comprar) cds da banda, tiraram fotos com a sereia e conversaram com a mente brilhante que compõe todas aquelas pérolas musicais, com direito a autografo na capa do cd e tudo mais. E seguiram para casa com a sensação de dever comprido, mais um capítulo feliz foi escrito no livro de suas vidas.